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Vigilante ataca Rollemberg, que reinventou a roda

Foto/Arquivo Notibras

Luís Cláudio Alves

Vários deputados distritais manifestaram preocupação nesta quinta-feira (4) com o índice recorde de desempregados na capital, que atinge 20% da população economicamente ativa. Os distritais cobraram do governo medidas para alavancar o desenvolvimento econômico e trazer para legalidade as atividades informais.

O deputado Rodrigo Delmasso (Podemos) lamentou a situação vivenciada no DF e disse acreditar no novo secretário de Desenvolvimento Econômico do GDF, Antônio Valdir Oliveira Filho. O parlamentou informou que se reuniu hoje pela manhã com o novo chefe da pasta e saiu pensativo sobre os desafios para alavancar a economia local.

Na opinião de Delmasso, a crise só será superada quando o Brasil formal olhar para o Brasil real, numa alusão ao grande número de trabalhadores e empreendimentos informais. O deputado criticou que as pessoas que querem trabalhar por conta própria para sobreviver estejam sendo perseguidas por órgãos governamentais.

Delmasso afirmou ainda que o DF não tem um projeto de desenvolvimento econômico definido, que explore, por exemplo, as potencialidades de cada região administrativa. “O que será do futuro da nossa cidade? “, questionou o distrital. Ele salientou, no entanto, que o novo secretário já está tomando medidas para combater a crise. Por fim, Delmasso citou uma frase do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo a qual o desafio do Legislativo é pensar o futuro.

Burocracia – O deputado Chico Vigilante (PT) culpou a burocracia e a incompetência dos gestores pelo crescimento do desemprego na capital e no País. De acordo com Vigilante, Agnelo entregou o governo com uma taxa de desemprego de 10%, enquanto a média nacional era de 9%. “Quando os golpistas assumiram, a taxa disparou”, disse.

Para exemplificar como o Estado tem atrapalhado os empreendimentos econômicos, o deputado destacou a situação do Shopping JK, na Ceilândia, que tem 400 salas fechadas e só conseguiu abrir as lojas graças a uma liminar da Justiça, após quatro anos de espera pelos alvarás de funcionamento. Segundo estimativas do distrital, somente este caso geraria cerca de três mil empregos.

Para Vigilante, ninguém faz nada no governo e “cada um que entra quer inventar a roda”. Na opinião do deputado, se o governo não atrapalhasse as empresas já estabelecidas e liberasse os alvarás, estaria ajudando muito.

O deputado Bispo Renato Andrade (PR) comentou a situação de food trucks e ambulantes que atuam há anos em frente à Unip. Segundo ele, a Agefis montou uma fiscalização permanente no local e está inviabilizando o funcionamento dos quiosques. Para ele, o governo deveria trazer essas pessoas para a formalidade e não prossegui-las.

“São quase 10 mil estudantes que ficam sem opção para comer. Um abaixo-assinado em apoio aos comerciantes já conta com mais de três mil assinaturas, e o governo não os deixa trabalhar”, lamentou.

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