Bartô Granja
O Palácio do Buriti acaba de decifrar um dilema. Sem queimar o colchão para matar a pulga, ou mesmo cortar a cabeça do cavalo para matar o carrapato, decidiu por uma solução caseira para apostar na sucessão da Câmara Legislativa: saem Joe Valle e Agaciel Maia, e entra (agora sem interinidade), Juarezão.
Isso mesmo. Embora tenha declinado, há pouco mais de 20 dias, do convite para disputar a presidência da Casa, o interino Juarezão resolveu ceder às ponderações de Rodrigo Rollemberg. Costura-se agora uma chapa de consenso entre os distritais, contemplando as principais correntes. Na pior das hipóteses, haverá confronto com Wellington Luiz, que teria apoio do PT.
Para o Palácio do Buriti, os egos de Joe e Agaciel estão desgastando as negociações e ameaçam entregar de bandeja a Mesa da Câmara para a oposição. Contra uma (previsível) derrota, a alternativa é apostar em Juarezão, que tem ocupado a direção da Casa sem modismo, a ponto e não tomar decisões de vulto sem antes consultar seus pares.
O quadro que se desenha nesta quinta, 8, tem os seguintes nomes: Juarezão, presidente; Ricardo Vale, vice; Agaciel Maia, 1º secretário; Sandra Faraj, 2ª secretária: e Rafael Prudente, 3º secretário. Nas suplências aparecem o próprio Joe, além de Wellington Luiz e Lira.
Essa mesma costura sinaliza que os partidos não contemplados com cargos na Mesa Diretora, terão assegurada a indicação dos presidentes das comissões permanentes.
A palavra de ordem – como na Praça dos três Poderes – é harmonia.
Se o bom senso prevalecer, Juarezão está garantido. Ele prefere silenciar sobre o assunto. Mas seus correligionários e assessores próximos lembram que, embora do PSB – mesmo partido de Rollemberg – o presidente interino sempre pautou sua atuação com independência do Buriti, priorizando a voz dos parlamentares.