Europa
Vítimas de regimes totalitários são relembradas em Dia da Fita Preta
Publicado
emMarieta Cazarré
A Europa celebra hoje (23) o Dia Europeu em Memória das Vítimas de todos os Regimes Totalitários e Autoritários. A data, também conhecida como Dia da Fita Preta, remete à assinatura do Pacto Molotov-Ribbentrop, em 23 de agosto de 1939, pela Alemanha de Adolph Hitler e a União Soviética de Stalin, em Moscou.
Para lembrar a data, o vice-presidente do Parlamento Europeu, Frans Timmermans, e a comissária Vera Jourová, deram hoje (23) declaração na qual recordaram as vítimas e reafirmaram rejeição às ideologias que deram suporte a regimes totalitários.
“Os regimes totalitários que assolaram a Europa restringiram as liberdades individuais, violaram os direitos das pessoas e sacrificaram milhões de cidadãos comuns em nome de uma ideologia”, afirmaram, em referência às mais de 50 milhões de mortes ocorridas durante o conflito.
Com a assinatura do Pacto Molotov-Ribbentrop, União Soviética e Alemanha concordaram em não se agredir mutuamente e dividir a Europa Oriental. O tratado, no entanto, foi descumprido.
Em 1939, teve início a Segunda Guerra Mundial, conflito marcado pela presença de regimes como o nazismo alemão, o fascismo italiano e o comunismo soviético. “Embora o fim da Segunda Guerra Mundial tenha marcado a derrota do regime nazista, muitos europeus continuaram a viver sob regimes totalitários durante várias décadas”, diz o comunicado.
Os representantes do parlamento afirmaram que a União Europeia foi construída com base em valores como dignidade humana, direitos fundamentais, Estado de direito e democracia, bem como na recusa do nacionalismo extremo. “Tais direitos e liberdades nunca deverão ser dados como adquiridos. Assumimos o compromisso de lutar por eles todos os dias.”
O pronunciamento ocorre poucos dias após o ato terrorista que matou treze pessoas em Barcelona e em um contexto europeu de medo e perplexidade diante do terror dos atentados.
Os representantes do Parlamento disseram que a Europa ainda sente ecos do extremismo, do nacionalismo, da xenofobia e do ódio e, ainda, que os horrores do passado devem servir como modelo de luta contra aqueles que pretendem ressuscitar ideologias totalitaristas, para que não voltem a ser cometidas as atrocidades do passado.