Carl Rogers, psicólogo famoso por cria a ACP (abordagem centrada na pessoa) falava sobre a tendência atualizante, que era a capacidade inata do ser humano de resignificar suas experiências e atingir o máximo de sua capacidade. Da mesma forma que Rogers, Maslow falava sobre a autorrealização, onde todo ser humano tende a buscar se desenvolver ao máximo. Fritz, pai da Gestalt terapia, entendia que o potencial de cura, de realização e de superação estava dentro do próprio indivíduo. Todos acreditavam que o ser humano possuía uma capacidade inata de desenvolver-se e uma inteligência capaz de gerar inúmeras possibilidades.
A ciência psicológica, com os novos estudos cognitivos de terceira onda, vem esbarrando nesse conceito que as tradições orientais já falam a milhares de anos, o que eu chamo de inteligência primordial. Inteligência Primordial nada mais é que a inteligência que cada pessoa possui dentro de si para resolver quaisquer problema em sua vida e encontrar as respostas de que precisa.
Pode até parecer mágico, mas isso nada tem de mágico. Veja que o ser humano é o único ser capaz de pensar sobre seus próprios pensamentos, de deliberar e criar conscientização sobre suas ações e pensamentos. Logo possuímos uma inteligência que “cria” nossos pensamentos, que dá vazão a nossa criatividade e que possui as respostas para nossos próprios problemas, porém sempre evitamos ouvi-la e segui-la.
Mas por que não podemos utilizar essa inteligência sempre que quisermos? Somos condicionados a buscar nossa felicidade fora. Achamos que a alegria das coisas está nos objetos ou nas pessoas. Assim ficamos buscando a felicidade nas coisas. Mudamos de cidade, de trabalho, de namorado, de casa, mas se não mudamos nosso interior acabamos vivendo as mesmas circunstâncias que nos traz infelicidade, porém em outro lugar e com pessoa diferentes.
A vida muda quando mudamos, porém não basta mudar e sim se conectar com essa inteligência. Entender que tanto a felicidade quanto a sabedoria para alcançar tal felicidade estão dentro de nós parece ser uma prática quase impossível para quem sempre espera que as situações promovam a felicidade.
Mas como se conectar com essa inteligência? A meditação, que é uma técnica baseada no silêncio interior, na diminuição do fluxo de pensamentos e no encontro com nossa natureza primordial, é uma poderosa forma de entrarmos nessa conexão. Se silenciamos nossa mente e perguntamos o que queremos saber, um questionamento a si mesmo, a resposta surge, pois em nosso interior reside as respostas. Louise Hay, escritora do best seller “Você pode curar sua vida”, utiliza muito essa técnica em seus atendimentos e indica em seus livros. O questionamento a si mesmo leva ao encontro com sua inteligência primordial.
Mas parece difícil crer que as respostas estarão em nosso interior e não em algum livro, aula, professor, mestre, guru ou seja lá o que for. Ficamos sempre esperando um salvador que nos dirá o que fazer, como e quando agir. Essa insistência em negar a responsabilidade pode ser o que limita tanto sua vida. Parece ser mais fácil seguir alguém que tomar a escolha de seguir por conta própria, de encontrar seus próprios valores e buscas.
Por fim, quero deixar um vídeo muito especial de uma pessoa que conseguiu se conectar com sua sabedoria interior e achou seu propósito nessa vida, e que conseguiu eliminar aquilo que a sabotava. Deixo aqui o vídeo que a Zeni fez para mim sobre como ela utilizou uma técnica que ensinei e encontrou seu propósito.
Gostaria que prestasse atenção na técnica que ela menciona nesse vídeo e da pergunta que ela fez. Acredito que isso ajudará você.