A Volkswagen está mudando toda a sua linha para melhor. Quer tudo top. Da frenagem autônoma, reconhecimento de faixa e multimídia enormes são tecnologias cada vez mais desejadas nos carros. E a montadora alemã não quer ficar atrás.
Mas outro ponto crucial em debate é a matriz energética. Muitas montadoras querem eletrificar a frota em cinco ou dez anos, entretanto, no Brasil, essa realidade ainda está distante. Por isso, a tecnologia híbrida flexível começa a ganhar protagonismo. E a Volkswagen vai apostar nela.
A Toyota puxou o bonde dos carros híbridos alimentados com etanol em 2018, com o Corolla híbrido. Agora, a marca alemã percebeu o avanço desses modelos e vai desenvolver seu próprio híbrido flex. Porém, diferente da rival japonesa, a Volkswagen quer um sistema para equipar seus carros compactos, como Polo, Virtus, Nivus e T-Cross. Por isso, lançou um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento no Brasil.
Este novo centro de P&D da Volkswagen será sediado e liderado pela filial brasileira da marca. O plano é desenvolver “soluções tecnológicas baseadas em etanol e outros biocombustíveis para mercados emergentes”. Ou seja, a montadora pretende criar carros eletrificados movidos a etanol. E, assim, oferecer uma tecnologia similar ao híbrido flex da Toyota.
Contudo, ainda não está claro em qual o tipo de tecnologia a marca alemã vai apostar. Se será um sistema híbrido como o oferecido no Corolla sedã e no SUV Corolla Cross. Ou um sistema elétrico que traz um motor gerador a etanol, como é o caso do sistema em desenvolvimento pela BMW. Há ainda o elétrico movido a célula de etanol da Nissan (entenda abaixo).
“Poder liderar, desenvolver e exportar soluções tecnológicas a partir do uso da energia limpa dos biocombustíveis é uma estratégia complementar. Ou seja, vai se somar às motorizações elétrica, híbrida e à combustão nos mercados emergentes. Ter essa liderança é um reconhecimento enorme para a operação na América Latina”, enfatiza Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen América Latina.