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Receita terapêutica

Volta às aulas traz novos amigos e o velho bullying

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Carolina Paiva, Edição

Com o fim das férias e início de mais um ano letivo, chega finalmente o momento de os estudantes voltarem às aulas. O reencontro com os amigos e os novos conhecimentos podem animar uma parte dos alunos, entretanto, para outros, isso pode ser um grande problema.

Além de enfrentar o desafio de um novo ano e avançar mais uma etapa em seu aprendizado, o estudante pode se deparar com outras situações que podem deixá-lo inseguro, como uma turma diferente ou uma escola nova.

Mesmo com atividades próprias para promover a interação, o jovem pode sentir dificuldades em interagir com outros em uma nova escola, principalmente se seus colegas já se conhecem.

Neste caso, a dica é tentar puxar assunto com um ou outro aluno, perguntando se já conhece a escola e se gosta dela, por exemplo.

“Geralmente o diálogo se estabelece espontaneamente”, afirma a psicopedagoga Luciana Barros de Almeida, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). “Caso não ocorra, faça outras tentativas de ir conversando com diferentes pessoas até que encontre alguém que vai se interessar por saber sobre quem ele é e do que gosta”.

Caso o aluno esteja na mesma escola, o que pode ocorrer é ele ficar em uma turma diferente da de seus amigos. Mesmo nesta situação, é possível manter os antigos colegas por perto encontrando-os no intervalo, por exemplo. Porém, é importante que o estudante estabeleça laços em sua nova turma.

“Tente fazer alguns amigos na sala atual para que você tenha alguém para conversar”, aconselha, por sua vez, a psicopedagoga Cynthia Wood. “Por mais que ache que não tem afinidade com eles, se prestar atenção, com certeza achará alguém que tenha algo em comum com você”.

Outra situação bastante recorrente envolve o aluno que repete de ano. Neste caso, o melhor a se fazer é mudar a forma de levar os estudos.

“Deve-se buscar o novo e não apenas repetir, ou seja, buscar diferentes de modos de fazer algo que já se fez anteriormente e não funcionou”, explica Luciana. “Por isso, é preciso conscientizar-se de que é necessário ter novas atitudes em busca de superar barreiras”.

“Não é nada legal ter que estudar tudo de novo e se separar dos amigos”, comenta Cynthia. “Pense que a reprovação foi consequência de más escolhas que fez durante o ano: aqueles trabalhos que você não deu importância ou aquelas provas para as quais não estudou o suficiente”.

Outra situação que exige uma mudança de atitude são os casos de bullying. Após o atendimento terapêutico da vítima, a fim de minimizar os danos e resgatar sua autoestima, ela deve deixar o passado para trás e não deve temer e se isolar do resto dos colegas.

“É normal sentir-se insegura, mas evite a todo custo se fechar. Se você é tímida, não precisa chegar puxando papo. Basta sorrir e responder com boa vontade ao que perguntarem”, diz Luciana

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