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Dólar dispara com volta da Covid e Trump fraco

Os mercados globais estão em alvoroço. E o Brasil sente os reflexos de uma incerteza cada vez mais palpável. Tem tudo a ver com a volta da Covid na Europa, com índices alarmantes, e a já quase previsível derrota de Donaldo Trump nas eleições americanas. Com isso, o dólar está disparando, a ponto de exigir intervenções seguidas do Banco Central.

Nesta quarta-feira (28), permanece o clima ruim. A forte onda de coronavírus nos Estados Unidos e na Europa também preocupa investidores, que temem novas medidas de restrição à circulação de pessoas e a consequente interrupção das frágeis recuperações econômicas.

Com isso, o dólar chegou a ser negociado em R$ 5,79, voltando ao patamar de preço negociado em maio deste ano – a máxima alcançada em 2020 foi de R$ 5,887. O Banco Central interveio com venda de US$ 1 bilhão em moeda à vista, o que arrefeceu a pressão. Às 11h30, a divisa subia 0,99% para R$ 5,738.

O Ibovespa também reflete o pessimismo global. O índice recuava 2,89% para 96.723 pontos. Entre as maiores quedas, estão PetroRio (PRIO3) com recuo de 5,27% e Azul (AZUL4) que caía 5,91%, às 11h30.

Investidores da B3 aguardam ainda importantes resultados trimestrais corporativos previstos para esta quarta-feira (28). Na agenda do dia, Gerdau (GGBR4), Bradesco (BBDC4), GPA (PCAR3) e Multiplan (MULT3) divulgam seus números, além de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) já no final do dia.

Está também no radar dos investidores a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). A expectativa é de que o Banco Central (BC) mantenha a Selic na mínima histórica de 2%. As atenções agora se concentram em torno da avaliação sobre a inflação, uma vez que a alta dos preços vem ganhando força, com destaque para os alimentos.

Em Wall Street, o clima era de pessimismo, diante do avanço do coronavírus no mundo e das incertezas sobre a eleição presidencial que se aproxima. O Dow Jones caía 2,64%, enquanto o S&P 500 recuava 2,62% e o Nasdaq tinha queda de 1,86%.

As perdas na zona do euro também aceleraram, com o índice referencial STOXX 600 caindo ao menor nível desde o final de maio por temores de um novo lockdown na França e restrições mais rigorosas em outros países. O DAX caía 4,09%, FTSE recuava 2,92%, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdia 3,02%.

O mercado acionário da China fechou em alta pelo segundo dia seguido nesta quarta-feira (28), com ganhos nas ações de consumo e saúde. O CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,81%, enquanto o índice de Xangai teve ganho de 0,46%.

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