Voto auditável pode até vir, mas sem sobressaltos

Um ex-parlamentar brasiliense confidenciou-me que tem andado incomodado com os rumos sobre a discussão do voto “impresso” e auditável. Sendo ele totalmente favorável a uma revisão completa e imediata do sistema eleitoral, tentei contra argumentar que não entendia como oportuno, pelo momento por qual passa o país, gastar energia nesse tema por agora. Experiente, o amigo me fez balançar quando desferiu a seguinte frase de efeito: “O sistema apodrecido se alimenta da inércia.” Confesso que continuo a entender como absurdo qualquer retrocesso no formato de votação em urnas eletrônicas, no entanto, acredito que o aprimoramento e ampliação de ferramentas tecnológicas para propiciar ao eleitor conforto e segurança; e, certamente servirão de estímulo aos seu comparecimento para votar. Numa coisa, além da amizade antiga, convergimos: passou da hora de se convocar uma Assembleia Nacional Constituinte. Afinal já se passaram 32 anos de promulgação da Carta vigente.