Em salões de decisões veladas,
O poder se veste de fé,
A política, em mantos bordados,
Com dogmas, sua face, esconde quem é;
Líderes em púlpitos dourados,
Proclamam verdades absolutas,
Mas são apenas jogos calculados,
Onde crenças viram disputas;
A voz do povo, em sussurros sagrados,
Busca no divino sua representação,
Mas encontra nos santos votados,
A mistura turva de religião e nação;
No altar da nação, os fiéis depositam votos,
Na esperança de um amanhã dourado,
Mas na urna, suas preces são meros esboços,
De um quadro, por políticos riscado;
E os falsos santos, em seus tronos, riem,
Revelando um jogo de poder mascarado,
Onde o sagrado e o profano são opostos,
Num tabuleiro de interesses emaranhado.