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Washington manda recado e Coreia se fecha na defesa

O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, disse neste domingo que os ataques com mísseis dos EUA contra uma base aérea da Síria em retaliação por um ataque com armas químicas trazem uma mensagem para qualquer nação que opere fora das normas internacionais.

“Se você violar acordos internacionais, se você não cumprir seus compromissos, se você se tornar uma ameaça para os outros, em algum momento uma resposta provavelmente será empreendida”, disse Tillerson, em entrevista ao programa “This Week”, da rede de televisão ABC, veiculado neste domingo.

Havia pouca dúvida de que os ataques com mísseis seriam vistos em Pyongyang como uma mensagem. A Coreia do Norte tem afirmado há muito tempo que os EUA estão preparando algum tipo de ataque contra o país e justificado suas armas nucleares como defensivas Navios da Marinha dos EUA são uma presença comum na região da Península Coreana e servem em parte como uma demonstração de força. Na noite de sábado, o Pentágono disse que um grupo de ataque composto por um porta-aviões da Marinha e destróieres e controladores de mísseis estava se movendo pelo Oceano Pacífico ocidental para reforçar a presença na Península coreana.

A Coreia do Norte prometeu reforçar as suas defesas para se proteger contra ataques aéreos. O país qualificou a ação dos EUA na Síria como “absolutamente imperdoável” e disse que ela prova que suas armas nucleares são justificadas para proteger o país contra “os movimentos cada vez mais imprudentes (de Washington) para uma guerra”. Os comentários foram feitos por uma autoridade do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte e veiculados pela agência de notícias oficial do país no domingo, sem revelar a fonte.

Em entrevistas aos programas de notícias dominicais nos EUA, Tillerson disse que os avanços no programa de mísseis balísticos da Coreia do Norte preocupam os EUA. Questionado na rede ABC se o desenvolvimento de um míssil intercontinental representava uma “linha vermelha” para os EUA, Tillerson afirmou que: “se julgarmos que eles aperfeiçoaram esse tipo de sistema de entrega, então isso se torna um estágio muito sério para o seu desenvolvimento posterior”.

Os ataques de mísseis contra o governo de Bashar Assad, da Síria, ocorreram na noite de quinta-feira, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu o presidente da China, Xi Jinping, para jantar em sua propriedade na Flórida. Entre os tópicos de discussão, estava o problema da Coreia do Norte. “Eu acho que há uma visão compartilhada e nenhum desacordo sobre como a situação se tornou perigosa”, disse Tillerson na programa “Face the Nation”, da rede de televisão CBS. “E acho que até a China está começando a reconhecer que isso representa uma ameaça (…) para os interesses da China também.”

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