O governo dos Estados Unidos tornou mais difícil para norte-americanos agendarem viagens e realizarem negócios com Cuba, cumprindo uma promessa do presidente Donald Trump de reverter a investida de seu antecessor democrata de estabelecer relações mais amigáveis com Havana.
As restrições, que entram em vigor nesta quinta-feira (9), têm como objetivo prevenir que áreas militares, de inteligência e segurança do governo comunista de Cuba se beneficiem de turistas e do comércio norte-americano, informou a Casa Branca.
Em um discurso de Trump em junho, o presidente republicano pediu restrições mais firmes. Trump disse à época que o governo cubano continuava oprimindo seu povo e que o ex-presidente Barack Obama havia ido longe demais em um avanço diplomático em 2014 com a ilha.
As novas regulamentações incluem uma lista de 180 entidades governamentais, holdings e companhias de turismo cubanas com as quais norte-americanos são proibidos de realizar negócios. A lista inclui 83 hotéis estatais, incluindo famosos hotéis na Cidade Antiga de Havana, como o outrora lugar favorito de Ernest Hemingway, o Hotel Ambos Mundos, assim como o novo shopping de luxo da cidade.
Embora turistas dos EUA ainda sejam capazes de realizar visitas autorizadas a Cuba com uma organização sediada nos EUA e acompanhados por um representante norte-americano do grupo, será mais difícil que viajem individualmente, de acordo com as novas regras. Antes da abertura de Obama, viagens de muitos norte-americanos eram restritas de forma similar.