Liberdade para a bruxa
Xadrez com sangue nos olhos inspira Halloween
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emA noite de quinta-feira (26) tinha agenda previamente marcada. Meu amigo (e chefia, como costumo dizer) José Seabra iria (como foi) à minha casa para nos debruçarmos sobre o tabuleiro de xadrez. Quando digo ‘ele vai’, tem justificativa: é mais fácil ele dirigir um vistoso sedã de quatro rodas, do que eu deslocar-me ao condomínio dele sobre minha cadeira de rodas. Meu adversário parecia ter sangue nos olhos, tal a ferocidade com que devorava meus peões, cavalos, bispos…
Estava prestes a apelidá-lo Drácula, quando o celular tocou. Era a neta mais velha, pedindo para buscá-la em um ponto X e deixá-la em um ponto Y. Tivemos tempo de jogar mais uma partida, enquanto a neta separava, no ponto X, apetrechos que levaria ao ponto Y, onde seria feita a decoração para a festa do Halloween. Desenhado o cenário com vampiro e bruxas, me veio a inspiração para falar sobre a festa horripilante que faz muita gente rir. Despedimo-nos, e liguei meu notebook. Com a ajuda de minha amiga Ia, saiu o conto que pode ser lido a seguir:
Era uma noite escura de Halloween, com a Lua Cheia iluminando o céu com um brilho fantasmagórico. Na pequena cidade de Salem, as casas estavam decoradas com abóboras esculpidas e teias de aranha falsas. As crianças se preparavam para a caça aos doces, ansiosas por suas fantasias assustadoras.
No meio da cidade, havia uma antiga casa abandonada que diziam ser assombrada. As lendas relatavam que uma bruxa malvada havia vivido lá séculos atrás e que seu espírito ainda vagava pela casa. Valorosos adolescentes, como a neta que seria levada do ponto X ao ponto Y, decidiram fazer um teste de coragem e entrar na casa naquela noite.
Ao entrarem na casa, as velhas tábuas rangiam e o vento uivava por entre as frestas das janelas quebradas. À medida que exploravam os cômodos escuros, ouviam sussurros misteriosos e passos invisíveis. De repente, as velas nas antigas luminárias se acenderam sozinhas, lançando sombras aterrorizantes pelas paredes.
Os adolescentes estavam em pânico, mas decidiram continuar a explorar. Chegaram a um quarto secreto com um livro antigo e empoeirado em um pedestal. Quando o abriram, uma figura espectral apareceu diante deles. Era a bruxa que supostamente havia assombrado a casa.
Essa prima da Maga Patalógika revelou que estava presa na casa por séculos e desejava ser libertada. Os jovens concordaram em ajudá-la, seguindo as instruções do livro. Realizaram um ritual mágico, e a casa tremeu com força antes de finalmente se acalmar.
A bruxa desapareceu, agradecendo às moças e rapazes por sua ajuda. A casa estava agora livre de sua presença malévola. Os adolescentes saíram da casa assombrada, aliviados por terem encerrado o mistério de Salem.
Naquela noite de Halloween, a pequena cidade pôde finalmente encontrar paz, e os jovens aprenderam que nem tudo o que é assustador é necessariamente mal. Foi uma noite de aventura e magia que nunca esqueceriam.
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