Em um amplo, arejado e perfumado quarto repleto de pôsteres das mais diferentes origens, livros empilhados e uma mistura eclética de objetos pessoais, vive Yasmin, uma adolescente que está apagando nesta segunda, 15, coloridas 17 velinhas. No meio de suas paixões e descobertas, um sonho peculiar cresce silenciosamente em seu coração inquieto: tornar-se psiquiatra.
Yaya sempre teve uma sensibilidade especial para compreender as nuances das emoções humanas. Desde cedo, ela notava os altos e baixos de seus amigos, conseguindo identificar os momentos de felicidade e as sombras que pairavam sobre eles. Talvez tenha sido essa capacidade natural de empatia que a levou a considerar a psiquiatria como uma jornada profissional.
Suas manhãs são dedicadas à escola, mas as tardes livres, quando não está passeando com Pudim pelas praças de Águas Claras ou malhando na academia, são um campo de experimentação para suas paixões e aspirações. Enquanto os colegas se envolvem em jogos ou praticam esportes, Yasmin, invariavelmente, se dedica a explorar os meandros da mente humana por meio de livros de psicologia e casos clínicos. Seu quarto tornou-se um refúgio para a mente curiosa, onde ela se delicia com a complexidade da psique humana.
Não raro costumo ouvir, em visitas assíduas, diálogo dela com a irmã Lyssa, 10 anos mais nova. “Yayá, vamos brincar lá em cima?” (na área de lazer da cobertura onde as duas residem com os pais). A resposta, com um olhar doce e sorriso nos lábios, é breve. “Já já, mana. Deixa só acabar de ler uma coisa aqui”.
A cada livro que devora, a certeza cresce na cabecinha da adolescente Yasmin. Imagino que não se trata de uma paixão passageira, mas sim de uma vocação que se manifesta de maneira única. Yayá percebe que o entendimento profundo da mente é um caminho para ajudar aqueles que enfrentam batalhas internas invisíveis.
A escolha de se tornar psiquiatra não é apenas um capricho dessa adorável menina-moça, mas sim uma resposta ao chamado interno que ecoa em sua alma. Nas conversas com amigos – e comigo, seu avô -, Yasmin expressa suas ideias de forma apaixonada, compartilhando insights sobre como a compreensão da mente pode transformar vidas.
As buscas frequentes a bibliotecas virtuais tornaram-se um ritual. Nessas oportunidades, ela mergulha em obras de grandes pensadores da psiquiatria, absorvendo conhecimentos como uma esponja faminta por água. A cada página aberta a um clique no seu Notebook, seu entusiasmo cresce, e ela parece visualizar o futuro que começa a se desenhar à sua frente.
Yasmin sabe que a jornada para se tornar psiquiatra não é isenta de desafios. Os vestibulares, a faculdade, os estágios clínicos – cada etapa será um passo na construção da fundação de seu sonho. Yayá, é verdade, enfrenta dúvidas e inseguranças, mas o brilho em seus olhos quando fala sobre sua paixão é inegável.
À medida em que ela amadurece, também amadurecem suas razões para perseguir a psiquiatria. Não é apenas sobre compreender a mente, me diz, sentada no sofá da sala, mas sobre oferecer um porto seguro para aqueles que enfrentam tormentas internas. Yasmin, bem sei, deseja ser o farol que guia outros pelos labirintos complexos da mente humana.
É assim, cheia de sonhos e livros, que Yasmin trilha a estrada em direção ao futuro que escolheu. Seu coração pulsa com a determinação de uma jovem que sonha em ser psiquiatra, destinada a fazer a diferença na vida daqueles que cruzam percursos eventualmente enviesados.
Avante, Yayá. Realize seu sonho. O mundo que se descortina à sua frente é vasto. Mas a imensidão da sua mente brilhante é maior ainda.
A propósito, Yasmin: beijos pelo aniversário.