O novo presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, de 75 anos, tomou posse nesta sexta-feira, 24. Ele sucede Robert Mugabe e, que comandou o país por 37 anos e renunciou na terça. “Eu, Emmerson Dambudzo Mnangagwa, juro que como presidente da República do Zimbábue obedecerei, respaldarei e defenderei a constituição e todas as outras leis”, disse em cerimônia com milhares de pessoas em um estádio da capital, Harare.
O presidente prometeu segurança a Mugabe e sua família, informou o jornal estatal The Herald. “Mnangagwa conversou ontem (quinta-feira) com o presidente que deixa o poder, o camarada Robert Mugabe, e assegurou a ele e a sua família segurança máxima e bem-estar”, afirma o jornal.
O Herald não revelou mais detalhes sobre o futuro de Mugabe, que renunciou na terça-feira depois passar 37 anos no poder. Com 93 anos, o ex-líder deixou o poder quase uma semana depois do exército do Zimbábue ter assumido o controle do país, após a destituição do até então vice-presidente Mnangagwa.
O jornal local NewsDay confirma que o ex-presidente Robert Mugabe terá imunidade e pensa em permanecer no Zimbábue. Além disso, não serão tomadas ações, segundo a publicação, contra os negócios do antigo líder.
De acordo com o Herald, Mugabe informou ao sucessor que não deve comparecer à cerimônia porque “precisa de tempo para descansar”. O futuro chefe de Estado herda um país arruinado, no qual a população espera por reformas de modo impaciente.
China – Principal investidor no Zimbábue, a China pode ter benefícios com a queda de Mugabe. Apesar de a economia estar enfraquecida no país, a chegada de Mnangagwa pode atrair investimentos estrangeiros. As companhias chinesas investem majoritariamente no setor de energia, de agronegócio e de construção.
O próprio Mnangagwa concedeu há dois anos uma entrevista em que prometeu criar “um clima de investimento que atraia o fluxo de capital”.